quinta-feira, 30 de junho de 2011

Agulhadas para moças

Inspirada pelo lindo vídeo postado sobre processos artesanais e crochê compartilho uma novidade da capital paulista, bem comum pelos Estados Unidos e tb pela Europa, enviada pela querida jornalista (não, ela não é assistente social!) Vanessa Pipinis, que também abusa das linhas e agulhas c/ seu estojo chiquérrimo!

Experimente digitar a palavra tricô no YouTube. O resultado? Uns 5 mil vídeos. Com exceção de uma piadinha ou outra, a maior parte é de algum passo a passo da arte da vovó. Eis o primeiro engano: em tempos de aula de tricô no YouTube, a prática deixou de fazer parte da bucólica cena da matriarca tecendo um cachecol para o netinho na varanda de casa. Há muitas jovenzinhas inglesas, japonesas, americanas e brasileiras ensinando as agulhadas. E, agora, lugar de tricô é em pequenos clubes, em bairros modernos de cidades como Nova York ou Paris, regado a cafés, bolos e com fios naturais - em sintonia com a sustentabilidade, claro. São os knit cafes, uma verdadeira febre no exterior que há pouco chegou ao Brasil. Na capital paulista, pequenos grupos de tricoteiras - não-profissionais, diga-se - agendam via internet e se encontram regularmente em restaurantes ou lojas para, juntas, passarem horas a tricotar e falar de qualquer coisa que não tricô. Nesta semana, São Paulo ganhou seu primeiro estabelecimento só para abrigar essas moças, um knit cafe chamado Novelaria. Inspirado em espaços parecidos dos Estados Unidos e do Japão, trata-se de um misto de café, armarinho de luxo, escola de tricô e sala de estar da vovó - com direito a cheiro de pão fresquinho, saindo do forno no meio da tarde. As donas, a produtora Lica Isak e a tradutora Priscila Bueno, não sabem dizer se a moda dos knit cafés teve origem no apego das pessoas ao artesanato, em contrapartida ao caos do dia a dia, ou como consequência da volta da moda dos tricôs e bordados. "As pessoas descobriram que precisam de mais qualidade de vida, recorrem a spas, ioga, terapias alternativas. Esse tipo de espaço é mais uma opção para quem quer esfriar a cabeça", diz Lica.

Há um ano, Lica e Priscila abandonaram suas profissões para se dedicar com exclusividade ao projeto da Novelaria - para o qual contaram com a consultoria da gestora de negócios Bia Blandy. O investimento de R$ 250 mil saiu do bolso das sócias e foi distribuído entre o planejamento, a reforma do galpão (que fica no bairro da Vila Madalena) e o investimento em um bom estoque - para abastecer tanto a loja quanto o atacado. A Novelaria é representante da marca de lãs Milana no Brasil. Os 25 tipos de lã da marca argentina, de dezenas de cores, serão vendidos tanto na loja - que terá exclusividade no varejo - quanto a confecções. "Esperamos que mais da metade do nosso faturamento venha do atacado", conta Lica. Os preços das lãs variam de R$ 17 (100 g de uma lã que tem 50% de acrílico) a R$ 74 (um cashmere). Mas como o principal objetivo de um knit cafe é virar ponto de encontro de tricoteiras, a união delas se dará nos cursos. Entre os sofás, há uma mesa grande com espaço reservado para aulas de tricô, crochê e bordado, sempre com hora marcada. Entre uma agulhada e outra, uma fofoca daqui e outra de lá, a aluna e cliente pode tomar uma sopa ou comer um bolo caseiro do cardápio de "alimentos reconfortantes" que foi criado especialmente para o café. "Não tem liquidificador nem fumaça. Só cheiro de bolo recém-saído do forno, para dar uma sensação de conforto", diz Lica. Mas quem não consegue imergir no mundo da vovó por muito tempo pode ficar tranquila: também tem wi-fi aberto por lá.


Fonte: http://www.pressdisplay.com/pressdisplay/viewer.aspx

Me recordei das lindas colchas que minha avó paterna confeccionava, no interior paulista, e das vezes em que ela me ensinou, mas tendo praticado muito pouco por sinal, na infância, hoje nem sei como segurar a agulha! O companheiro já atuou de crocheteiro e chegou a fazer duas bolsas, mas nem as terminou. Tenho também um outro amigo que faz peças maravilhosas, como pochetes, chapéus, boinas, carteiras, cartucheiras, de um bom gosto extremo!

E, acabei encontrando duas postagens bem bacanas, sobre o tema:

- As origens do crochê por Nana Soma

- Agulhas na mão e mãos à obra - A "Guerrilha do Crochê" vai transformar a sua cidade

* Assista aqui um vídeo!

Para finalizar, c/ criticidade e feminismo o post Mulher prendada, do Blogueiras Feministas, por Sara Joker.

Um comentário:

  1. Olá Bianca !
    Obrigada pela visita e pelo comentário carinhoso!
    Muito legal o seu blog, Parabéns!
    Dar conta de tudo não é fácil, mas nós mulheres sempre conseguimos seguir em frente, não é mesmo?
    Muito obrigada pelo carinho.
    Um grande abraço,

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